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Todas as temáticas sobre a Comunicação. Notícias frescas sobre as últimas tendências do meio!

Equipa diversificada por profissionais do meio

A nossa equipa é composta por diferentes profissionais da área da Comunicação. Assessoria, Comunicação Corporativa, Redes Sociais, Protocolo e Marketing Pessoal são temas que semanalmente vamos abordar por aqui!

Assessoria de imprensa

Abordagem de questões/temáticas que se colocam frequentemente aos assessores de imprensa.

A Comunicação e as Redes Sociais

A disseminação de informação pelas redes sociais mudou totalmente o paradigma do tempo em relação à prática da comunicação empresarial, sobretudo no que diz respeito à assessoria de imprensa. Hoje, possuir uma cultura de comunicação é insuficiente. É necessário ter uma cultura de comunicação em tempo real,

Comunicação Corporativa

A comunicação corporativa é essencial para empresas e precisa ser colocado em prática para otimizar a eficiência do trabalho corporativo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Davos - O local mais improvável para se organizar um evento


Como é que um dos maiores eventos do mundo em termos de impacto mediático a nível político económico e social, é realizado todos os anos desde 1971 numa estância de montanha na Suíça, mais propriamente em Davos.
Falo da reunião anual do Fórum Económico Mundial, uma fundação não-governamental, conhecida essencialmente pelo seu principal evento, que tem lugar durante o mês de Janeiro no Centro de Congressos de Davos.

O fórum tem por objectivo melhorar as condições mundiais ao envolver num processo de definição de agendas global, regionais e industriais, políticos, académicos e vários líderes sociais.

A reunião de Davos é o seu principal evento, sendo que outros são organizados durante todo o ano em diferentes locais do mundo.

Mas quando falamos de Davos, falamos do quê?
Falamos de uma localidade que é essencialmente uma excelente zona para a prática dos desportos de inverno, com terríveis acessos, com diculdades logísticas enormes, mas na qual se organiza anualmente um dos eventos com mais impacto mediático, da área da economia e politica.

Por lá passam e têm passado os principais líderes mundiais, os líderes de empresas com impacto mundial, figuras da música também elas com expressão mundial como o vocalista dos U2.

Mas, quando estuamos e falamos sobre a organização de um evento, é inevitável falamos sobre a localização do mesmo, dos seus acessos, de toda alogística hoteleira necessária, de proximidade a aeroportos, etc.

Se fazer lago deste género em Davos é complicado, ainda pior no mês de Janeiro em que toda a área está coberta de neve.

Refira-se que a sede do Fórum Económico Mundial é em Genebra, que tem a sua sede, mas sempre optou pela escolha de Davos para realização do evento.

Analisando um pouco mais à lupa as condições inerentes à zona do evento, ficamos a saber que há uma ligação permanente através do aeroporto de Zurich, uma disponibilidade de cerca de 7.000 quartos de hotel, espalhados por mais de 90 hotéis e casas na área envolvente.

Certamente que ninguém quereria organizar um evento de impacto mundial, com a presença habitual dos principais líderes mundiais, sem que as condições globais na zona fossem mais do que aceitáveis.

No entanto, nem tudo são rosas neste processo e sem dúvida que entre os 2.200 participantes, que se juntam-se durante 5 dias com cerca de 220 sessões que fazem parte do programa oficial, haverá criticas ao local do evento e às dificuldades que o mesmo encerra.

Se por um lado, do ponto de vista organizativo, podemos analisar este evento como um sucesso, não deixarão de haver elementos criticáveis na sua implementação.

Por curiosidade, aqui fica um texto de um jornalista Brasileiro que fala exatamente das debilidades de organização do evento destes numa estância de esqui.

Bênção para a economia local

A logística desta conferência gigantesca na localidade suíça a 1.560 metros de altura constitui uma tarefa hercúlea. Ninguém sabe quantos metros de cabos, quantas antenas parabólicas ou conexões seguras de internet estão instalados. Mas a técnica funciona miraculosamente, assim como a vigilância de segurança.

Bem antes de se chegar ao centro de conferências, vê-se os postos de controle. Apenas quem tem credenciamento pode sonhar em chegar perto dali.

Então a ordem é despir os agasalhos e passar pelos raios X. O procedimento é democrático: a fila vale tanto para o banqueiro de investimentos quanto para o presidente da Anistia Internacional ou o oligarca russo. Quase todos transitam pela zona de segurança sem guarda-costas, pois estes não recebem credencial.

As Forças Armadas suíças também se encarregam de isolar Davos em grande escala, e os moradores suportam a situação com tranquilidade estoica. Não é para menos: mesmo com oferecendo hospedagem mais modesta, eles podem lucrar muito nos dias do Fórum Econômico Mundial. Um apartamento de um quarto no estilo da década de 1960, coberto de papel de parede desbotado, custa pelo menos 400 francos suíços (324 euros, ou cerca de R$ 1.000) por dia, com um contrato mínimo de sete dias.

E quem conseguir esse apartamento ainda pode se considerar feliz. Há poucos hotéis, as alternativas são cabines de esqui ou hospitais. Assim, muitas vezes os participantes do fórum são forçados a escoar para as cidades vizinhas, o que implica longas viagens, com inúmeras paradas em postos de controle.

O trajeto pelas pistas cobertas de gelo escorregadio das montanhas suíças não é para todos. Quem não tem correntes de neve para os pneus, não precisa nem tentar. Mesmo com os preços estratosféricos cobrados pelos taxistas, a demanda sempre suplanta a oferta.

Chá com Bill Clinton

Por que, apesar de tudo, todos continuam viajando até Davos?
Bem, parte do charme está justamente em sua localização isolada.

Em nenhum outro lugar do mundo é possível encontrar tantos líderes económicos, políticos, banqueiros e representantes de organizações não-governamentais.

Por isso, a cada ano, jornalistas entram no Café Schneider; ficam felizes em ver Bill Clinton tomando chá. Depois, atravessam a rua, cumprimentam Tony Blair; e veem o presidente colombiano Juan Manuel Santos correndo apressado para o centro de conferências


Links Sobre:
Centro de Congressos de Davos
http://www.davoscongress.ch/fileadmin/user_upload/Dokumente/DavosCongress/Magazin_Kongresszentrum_Davos.pdf

Programa Oficial do Fórum De Davos 2014
http://www3.weforum.org/docs/AM14/WEF_AM14_Programme_Public_A5C2512E1D.pdf

Lista de participantes
https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AjI0Eo6IUSaHdDlPd0tNVF8xLWxGQ3ZUYmlINjhBelE#gid=0


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Veuve-Clicquot processa produtor italiano por causa da cor do rótulo


A Veuve-Clicquot, uma das mais emblemáticas produtoras de champagne, a segunda maior, insurgiu um processo legal contra uma pequena produtora vínica italiana, alegando que o rótulo que esta produtora usa num vinho é muito semelhante ao seu, estando por isso, a plagiar a sua arte.

Efectivamente, a Veuve-Clicquot determina que o rótulo de Ciro Picariello usa o Pantone 137C, o tal amarelo tão marcante que estamos habituados a ver nas prateleiras repletas deste champagne. No entanto, ao analisarmos ambos os rótulos, mesmo sem muita atenção, conseguimos ter a clara percepção de que a cor não é a mesma e que, ainda assim, não existe nenhum símbolo susceptível de ter sido plagiado, o que tira qualquer fundamento a esta acusação.
O que nos leva a uma outra questão: será que haverá algo que não estamos realmente a ver?

O que se passará realmente por detrás desta paleta de cores?

Uma marca megalómana como a Veuve-Clicquot não precisa de má publicidade para vender, já que está num patamar de produção muito acima da Ciro Picariello: as 50.000 garrafas produzidas pela Ciro nunca poderão causar impacto negativo contra os 18 milhões de garrafas anuais da Veuve-Cliquot. Bem… na verdade, poderão sim, e esta notícia é um caso desses.
A perspectiva mais interessante desta notícia é que, mesmo sendo uma acusação que já tem algum tempo, e tendo rebentado na comunicação social mundial apenas dia 20/1, já existem milhares de manifestos online contra a Veuve-Clicquot, tendo sido já criada a hashtag que ridiculariza esta acção, apoiando a pequena produtora italiana: #boicottalavedova, ou seja, “boicote à viúva”.

Os manifestos vão desde opiniões sobre o ridículo que é argumentar um “amarelo contra um laranja”, desde a negatividade que é uma marca tão grande processar uma marca mais pequena, por razões demasiadamente duvidosas, até ao extremo em que muitos clientes fidelizados se sentem ofendidos por a marca ter esta atitude globalmente reprovável.

Existe claramente uma péssima gestão de relações públicas e comunicação, numa marca que se deveria posicionar de acordo com o patamar que conquistou. A opinião pública fiel à marca deveria ter sido preservada, de modo a preservar não a tradição ou o passado da Veuve-Clicquot, mas sim o seu futuro.

Com este tipo de comunicação, a única empresa que está a sair bem vista é a Ciro Picariello que, além de ser colocada no mapa, ganhou mais “followers” do que qualquer campanha de marketing conseguiria alcançar, neste tão curto espaço de tempo.

Ainda muita tinta vai borbulhar sobre este assunto nas próximas semanas, mas a partir de hoje, o Pantone 137C nunca mais será o mesmo.

Diana Teixeira de Carvalho

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Contato com o público: os primeiros segundos…


Comunicar ou passar uma mensagem, seja ela de diferentes maneiras, tem sempre um público-alvo, e saber analisar esse público é um passo para o sucesso.
Ter a certeza que a mensagem chegou ao seu destino de uma forma clara e esclarecedora é uma preocupação constante de qualquer orador, professor, formador ou até mesmo de um músico.
A necessidade de perceber o que nos rodeia enquanto comunicadores é uma ferramenta imprescindível para conseguir passar uma mensagem, mesmo abordando as artes como é o caso da música. Passar uma mensagem repleta de emoção e sentimento, mas ao mesmo tempo clara, é uma tarefa bastante difícil que requer por parte do músico alguma experiência e mestria no seu instrumento, no entanto a capacidade de “ler” o público que este tem à sua frente é uma ferramenta bastante útil que o vai ajudar a comunicar de uma forma mais eficiente.
Por mais planeado que esteja um evento, formação, workshop ou até um concerto, os primeiros segundos em contato com a plateia são fundamentais para ajustar ou adaptar o planeamento e/ou estratégia. Por vezes, seguir à risca todo o planeamento não significa que vamos conseguir passar a mensagem eficazmente, a experiência e a capacidade de análise instantânea da pessoa que emite a mensagem é um fator crucial para que o grau de sucesso seja ainda maior. A leitura que o agente comunicativo faz da audiência que tem pela frente muitas vezes faz a diferença na hora de aproximar o emissor do recetor.
Mas então o planeamento e a estratégia não são importantes?
Claro que são importantes, pois são estes que nos vão dar o suporte necessário para pudermos enfrentar o público da melhor maneira possível, com conteúdos, público-alvo e duração definidos e com estratégias comunicacionais já elaboradas, mas no entanto, os segundos iniciais são de extrema importância e podem fazer toda a diferença no desenrolar da atividade.
Fazendo uma analogia com um concerto, o primeiro contato com a assistência torna-se muito especial por isso mesmo, é aí que em poucos segundos temos que perceber como alcançar e comunicar com todas as pessoas que temos pela frente, de certeza que vai ser diferente de outros momentos onde o planeamento e estratégias eram as mesmas, mas só o facto de o público ser um fator variável leva-nos a ter em conta a sua leitura e análise, e tentar obter em poucos segundos a melhor abordagem possível.
Em conclusão, a análise e leitura do público é um princípio fulcral, que deve ser tido em conta para alcançarmos o sucesso com qualquer ação comunicativa, pensando em termos musicais, um músico pode atuar vezes sem conta no mesmo palco, com os mesmos componentes técnicos e apresentando os mesmos temas mas no entanto a reação da audiência vai ser sempre diferente, e isto acontece em qualquer processo comunicativo, desde a música a uma formação organizacional específica.
Torna-se então imperativo ter em consideração que o ser humano vive, emociona-se, adapta-se e interpreta, mesmo tratando-se do agente comunicativo (músico, formador, professor, etc.) como do público-alvo que o rodeia. 

Francisco Lima 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O poder da redenção



A política americana está cheia de histórias de culpa e perdão. Ascensões e quedas. Expetativas e desilusões. Crime e castigo.

Quem tiver mais 30 anos ou mais lembra-se bem do que aconteceu com Bill Clinton na década de 90 (será que Monica Lewinsky ainda tem aquele vestido guardado?).

Num país com um forte pendor religioso, o lado moralista do discurso público, vertido por exemplo no forte escrutínio da vida privada dos políticos, é dominante. Mas mais poderosa ainda é a ideia da redenção.

Talvez uma coisa esteja diretamente relacionada com a outra: perante a panela de pressão mediática, e o olhar global de uma opinião pública cada vez mais dotada de instrumentos para seguir candidatos e titulares de cargos públicos, sucedem-se as situações de políticos de elevada responsabilidade que são apanhados em situações embaraçosas.

Não são só as histórias de alcova. Essas são as mais escandalosas no momento (Elliot Spitzer, Anthony Weiner, David Petraeus, Chris Lee, Mark Souder, Tom Ganley, a lista continua...), mas tendem a cair no esquecimento. E têm um denominador comum: quem pretender continuar a ter uma carreira política, tem que dar a cara, no púlpito mediático, e pedir perdão pelo que fez.

Se tiver a mulher (oficial) ao lado, ajuda bastante.

A semana passada mostrou outra situação ainda mais interessante, do ponto de vista da resposta comunicacional.

Chris Christie, sobre quem já aqui escrevi, estava a gozar o estado de graça de ter sido reeleito com 60% como governador da Nova Jérsia. É um republicano diferente, não alinha nos disparates da direita radical, pensa pela sua cabeça.

Numa altura em que os democratas têm fartos motivos para detestarem os políticos republicanos, muitos eleitores do partido de Barack Obama simpatizam com Chris Christie. Grande parte deles até diz, nas sondagens, que era capaz de votar nele.

Ora, isso faz de Christie, rotundo e pouco ortodoxo governador republicano da Nova Jérsia, um pré-candidato muito bem colocado para as presidenciais de 2016.

Nos últimos dias, no entanto, Chris esteve em autêntico «damage control» mediático.

Um escândalo rebentou no governo estadual de NJ: aparentemente por vingança política, pessoas muito próximo de Christie (entre as quais uma assessora Bridget Anna Kelly, que viria a ser demitida) provocaram engarrafamento na ponte George Washington, que serve zonas com «mayors» democratas.

O caso, que mesmo na América chega a ser um pouco bizarro, terá acontecido no pós-eleições para o governo estadual, que Christie venceu facilmente.

O «mayor» de Fort Lee recusou-se a apoiar a reeleição de Chris e, de acordo com a acusação do Ministério Público da Nova Jérsia, emails escritos por pessoas do «staff» de Christie (nomeadamente de Bridget Anne Kelly, que era sub-chefe de gabinete do governador) apontavam para essa ameaça, que viria a concretizar-se. «Hora para alguns problemas de trânsito em Fort Lee», escreveu Bridget a um executivo da Autoridade Portuária, em agosto passado.

Muitos falaram logo de perseguição política a Christie, cuja independência começa a incomodar no Partido Republicano.

Outros sentenciaram logo: «acabaram as ambições presidenciais do governador da Nova Jérsia».

Mais devagar, por favor: Chris reagiu com um pedido de desculpas ao melhor nível da política americana. Confessou-se «embaraçado», garantiu que «nada sabia sobre isto» e demitiu a principal responsável pelo episódio.

Nunca subestimem o poder da redenção nos EUA.

Germano Almeida

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Imagem e Reputação: descubra as diferenças


Reputação e imagem são dois conceitos distintos mas há quem os confunda.

Talvez 
porque ambos se referem à forma como percecionamos uma dada identidade (pessoa, organização, cidade, país, etc.). Mas o tempo e a consistência das impressões ditam a diferença.

A imagem pode construir-se a partir de pouca informação e num primeiro contacto, enquanto a reputação resulta de um processo mais longo de interação e relacionamento, bem como de informação mais consistente. Uma imagem pode formar-se em minutos, enquanto a reputação pode levar anos a ser construída ou nem sequer ser alcançada. 

Uma pessoa ou organização alcança o patamar da reputação quando passa a ser conhecida e reconhecida por determinadas características, atitudes e comportamentos que mantém ao longo do tempo. A reputação representa a consolidação da imagem.

Portanto, se pretendermos conhecer a nossa imagem e reputação no mercado, devemos perguntar-nos (1):

• Como somos percebidos? (imagem)

• Como somos percebidos no tempo? (reputação)

Se as perceções forem neutras ou negativas, algo tem de ser feito para melhorar a imagem. Se as perceções forem positivas, o objetivo é tornar a imagem estável e duradoura a fim de se alcançar, mais cedo ou mais tarde, a boa reputação. Uma vez alcançada a boa reputação, o grande desafio é mantê-la, pois “quando se perde, custa muito recuperá-la” (2). 

Uma coisa é certa, a imagem e a reputação positivas resultam de uma forte identidade corretamente projetada na mente das pessoas através da comunicação.

Por Ana Santiago



Curiosidades

Estudo: Como a imagem dos CEO influencia a reputação das empresas

Lisboa é a 40ª cidade mais reputada do mundo 

Portugal é o 19º País com melhor reputação

Saiba quais são as marcas mais reputadas



(1) Balmer, J. M.T. & Greyser, S. A. (2004). Revealing the Corporation. 

Perspectives on identity, image, reputation, corporate branding and corporate-
level marketing. London: Routledge.

(2) Ramos, F. (2007). Estratégias e Protocolo para a Comunicação Corporativa. Lisboa: Formalpress.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Beber com moderação: porque não?



Na sociedade de hoje em dia, estamos habituados a duvidar do que nos dizem, a questionar o que nos escrevem, o que nos ditam. Talvez por isso mesmo aprendemos a questionar a autoridade que exercem sobre nós na tomada de posição sobre leis e proibições: questionamos tudo o que nos impede de fazer algo.
E isto não é assim tão mau, afinal de contas até é bom questionar e por em causa o que achamos não estar correcto, desde que isso não nos prejudique.


Um facto é que em relação ao tema “beber com moderação”, muitos de nós continuam com uma atitude exageradamente rebelde, como que a desafiar alegremente o facto de que sim, o nosso corpo tem limites em quase tudo e a absorção do nível de álcool é um deles.

Como que se fosse um ritual marcado aos fins de semana, o cérebro está já programado para começar o final de tarde com uma alegria espontânea e terminar a noite com uma sonolência de tal forma alcoolizada de que nem sequer se recorda o movimento que fará de seguida, levando-nos a uma condução perigosa, violenta e acompanhada de movimentos demasiadamente lentos que permitam alguma segurança para nós e para os outros condutores.

Bebe-se por tudo e por nada, porque beber é cool. Beber cerveja é divertido, mas beber muitas cervejas é sinal de que és um herói.
Beber vinho está na moda, mas beber duas garrafas de vinho ao jantar é coisa de gente “adulta e bem informada”.
Estar numa disco de copo na mão e nunca deixar que se veja o fundo é o sinal mais moderno de todos os tempos, por isso, é de mau tom abandonar um bar sem beber pelo menos 3 gin’s ou 4 vodkas. Errado, tudo errado.

A juntar a tudo isto, o limite máximo aceitável da taxa de álcool no sangue, para condução, diminuiu já no início de 2014, pelo que mais rebeldes se irão manifestar. Bebe-se para festejar, bebe-se para mostrar e bebe-se para seduzir: bebemos para mostrar que “bebemos o que quisermos, sem limites”.
O limite máximo de álcool no sangue é uma legislação séria e existe para que possamos ser responsáveis e dar segurança às estradas.

Beber um vinho ao jantar ou uma bebida branca num bar deveria ser um prazer e um momento alegre, moderado no sentido de termos a certeza de que estamos em boas condições motoras e alerta para conduzir.

Saber que até àquele limite, podemos conduzir uma máquina (automóvel) em perfeitas condições, não pondo em risco a nossa condição nem a dos outros.

Esta é uma situação que começa a preocupar as autoridades: mais de 80% dos acidentes que ocorrem em alturas especiais no ano são provocados por condutores com excesso de álcool no sangue. As marcas de bebidas lançam algumas campanhas de prevenção mas a verdade seja dita: o objectivo é vender.
A legislação existe, mas nem precisava de ter sido inventada.

Em relação a este assunto, a verdadeira rebeldia não está no beber para ficar mais cool: cada um de nós deveria ser rebelde o suficiente para exigir dos outros a responsabilidade na condução segura. Porque não?

Diana Carvalho

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

2014 Ano de grandes eventos



O ano que agora começa será sem dúvida marcado por dois grandes eventos desportivos de escala mundial. O Mundial de futebol que se realizará no Brasil no próximo verão e os Jogos Olímpicos de Inverno que terão lugar na Rússia no próximo mês de Fevereiro.

Os dois eventos, estão desde já marcados por vários problemas a vários níveis, sendo que as questões de segurança são um dos itens mais discutidos neste momento.

Relativamente aos jogos olímpicos de inverno que se irão realizar em Sóchi/Krasnodar, estão desde já sob ameaça de actos de terrorismo, em função dos recentes atentados bombistas, um numa estação de comboios e outro num eléctrico, ambos em Volvogrado e ambos com várias vítimas mortais.

Os atentados, segundo as autoridades de segurança russas, foram atribuídos aos extremistas islâmicos do Cáucaso Norte, que em Julho tinham prometido diversos ataques para impedir a realização dos jogos.

Assim, e ainda antes do inícios dos jogos, a sombra de mais atentados e de uma insegurança irá sem dúvida marcar toda o período até ao dia 23 de Fevereiro, dia em que será apagada a pira olímpica.

A segurança é um dos factores mais cruciais em todos os eventos e ainda mais neste eventos de escala mundial, que acabam por ser usados como bases de mediatização para determinados problemas regionais, tal como sucedera nos Jogos de 1972 em Munique, com o ataque à Aldeia Olímpica e sequestro e morte de vários atletas israelitas.

No caso do mundial do Brasil, existem várias dúvidas, sobre por um lado questões de infra-estruturas, ou seja no que diz respeito à concretização plena dos vários estádios que estão a ser finalizados e à sua segurança, sendo que têm surgido vários problemas. Ainda recentemente caiu uma cobertura de uma bancada num estádio na zona de S. Paulo, o que veio adensar ainda mais os receios face à resolução dos processos de obras a tempos do inicio do mundial e em que condições de segurança, para os espectadores.

Por outro lado, as movimentações sociais que se verificaram, durante a realização da Taça das Confederações, evento habitualmente prévio ao mundial e que serve para testar vários aspectos organizativos, entre eles o da segurança, deixaram claro que haverá mais momentos críticos a este nível quando se aproximar o mundial, que sem dúvida terá uma atenção mediática ainda maior e que por isso deverá também verificar diversos momentos de contestação social juntos dos estádios e nas principais cidades brasileiras.

Para além da habitual exigência de medidas que este género de eventos, de escala mundial, exigem, quer os jogos olímpicos de inverno, quer o mundial de futebol, parecem ter de lidar com questões de segurança extra, que se num caso, a Rússia, poderiam ser de esperar, no caso do país do samba e futebol, não seria de certeza algo que a maioria dos analistas de segurança em eventos contariam.


Por isso é que o estudo das questões de segurança são um dos grandes desafios na preparação e organização de grandes eventos, numa era dominada pelas redes sociais, pelo auto-jornalismo digital, ou seja por uma mediatização de qualquer momento ao segundo e de forma viral.

Miguel Macedo

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A criação de um mito


Em todas as actividades da praxis humana, nenhuma tem a capacidade do desporto de gerar figuras consensuais.

Sendo uma área da experiência claramente emocional, logo sujeita a uma maior discrepância nas análises, a verdade é que o desporto possui este poder quase único de formar heróis unânimes aos olhos de milhões.

A morte de Eusébio despertou-nos para essa realidade. Não que a mesma fosse desconhecida mas no infortúnio é mais fácil encontrar a tal consensualidade que por vezes permanece no subconsciente em vida.

Ainda assim, o caso do Pantera Negra foi quase sempre uniforme. Desconheço se a tão famigerada humildade era efectivamente verdadeira. Também pouco interessa. Essa sempre foi a imagem que deixou transparecer junto do público e que perdurará nos corações.
Eusébio é um exemplo claro do que era um ídolo do futebol até à década de 80. Despertou sentimentos de pertença obviamente entre os seguidores do Benfica mas igualmente de Sporting e FC Porto. Eusébio pertenceu, acima de tudo, a Portugal, e esse foi o melhor exemplo da tal consensualidade acima referida. Torna-se, por isso, premente explicar este dom para arrebatar lados tão opostos.

Falamos aqui de um paradoxo: sendo hoje o desporto rei fortemente mediático, com as principais estrelas a adquirirem uma visibilidade sem precedentes, foi na época em que a rádio fazia as delícias dos ouvintes, a televisão dava os primeiros passos e internet era uma utopia que os ídolos do futebol mais se assemelharam a heróis.

No caso de Eusébio, graças um extraordinário talento mas também pela genuinidade e pureza. Numa altura em que a máquina do marketing era ainda suportada por um sistema rudimentar, por vezes amador, a venda da figura de Eusébio como ícone fez-se por caminhos naturais.

Graças à sua capacidade enquanto futebolista, claro, mas pela personalidade do ser humano. Era o tempo do amor à camisola. Sem os meios que existem atualmente, a sua popularização além-fronteiras foi construída com base no imaginário dado pela voz da rádio, algumas imagens televisivas, principalmente as do Mundial de 1966, e as histórias quase messiânicas que se espalhavam lá fora.

Depois, o tempo encarregou-se de manter a sua promoção ao longo dos anos, tornando-o um ícone mesmo entre aqueles que nunca o viram jogar.

Cristiano Ronaldo, Messi, entre outros, têm hoje à disposição uma “entourage” e meios incontáveis para promover da melhor forma a sua imagem. No entanto, os sentimentos que despertam, tendo um cariz quase planetário, não atingem nunca o estado do consenso. Uns gostam, outros odeiam. A natureza cada vez mais competitiva do desporto assim o dita, portanto não falamos aqui de feitios ou tão sequer educação. O futebol está hoje estruturado para tornar os jogadores em deuses, simultaneamente mais próximos mas também mais distantes do comum mortal.
Será quase impossível no futuro que um outro futebolista português consiga gerar tantos sentimentos positivos como Eusébio.

Mesmo que venha a dispor de uma excelente gestão da sua imagem, faltar-lhe-á a misticidade de ser um pioneiro como o Pantera Negra – não desprezemos a capacidade aglutinadora dos que lançam as bases – e o toque de proximidade, que se deve ao facto de Eusébio ter feito carreira praticamente só ao serviço de um clube português.

A globalização do futebol e a fraca competitividade do campeonato português (que em conjunto obrigam à saída das potenciais figuras) não permitem a criação de um mito com estas proporções.

João Socorro Viegas

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Gestão de crises



Considerada por Maristei Mafei (1) a “cerimónia de batismo” de um assessor de imprensa, a gestão de uma crise de imagem envolve “uma overdose de adrenalina” que se não for devidamente contida arrisca-se a cair no descontrolo total.

Acidentes naturais, erros humanos, avarias mecânicas, escândalos de corrupção podem, em muitos casos, comprometer a imagem de uma empresa/instituição.
Se há situações verdadeiramente improváveis, há também outras tantas previstas e perfeitamente evitáveis.

 “Agilidade, perspicácia e segurança” são, por isso, fundamentais para gerir uma situação de crise que envolve o cliente/ empresa/instituição.

Prepare a crise quando não há crise. Hoje em dia já é bastante comum, sobretudo nas grandes empresas/instituições, a elaboração de um plano de contingência ao nível da comunicação pronto para ser acionado em situações de crise.

O melhor mesmo, em qualquer situação, é enfrentar a crise e prestar informação de interesse público. “Em situações de crise, os órgãos de comunicação social até podem colaborar com as empresas, mas para que isso aconteça, a relação tem que ser de muita confiança e a empresa tem que admitir o seu erro, enfrentá-lo e a abordar as suas propostas de soluções.

A Assessoria de Imprensa para além de ser uma fonte, tem que ter a capacidade de criar situações que facilitem a cobertura jornalística das atividades importantes do assessorado, e que consigam atingir, manter e, em alguns casos, recuperar a boa imagem junto da opinião pública” (2).

“Deixar andar” ou tentar “controlar a imprensa” para evitar a publicação de uma notícia negativa significa simplesmente atirar mais lenha para a fogueira. O efeito é precisamente o contrário do desejado. Escamotear informação apenas denuncia irregularidades e medo da verdade. Mais cedo ou mais tarde, a verdade virá à tona.

A decisão deve ser tomada num curto espaço de tempo. Se quer que saibam a verdade, o melhor é assumir desde início o problema. Reconheça. Não minimize a sua importância. Procure inteirar-se do que realmente se passou. Recorra a pareceres técnicos, se for preciso. “Reconhecer a dimensão da crise, e os vários feitos, é um ato de humildade que a imprensa valoriza” (1).

O passo seguinte é definir o porta-voz que prestará declarações à Comunicação Social, o que irá transmitir e em que meios o fará. “Deve-se eleger um porta-voz que passe credibilidade, controlo e conheça a empresa e o problema. Alguém experiente, que saiba ouvir e mantenha-se calmo sob pressão. Que fale com clareza, esteja acessível e diante do qual o público não se sinta diminuído. Tem que ser alguém que se sinta preparado para falar sobre qualquer tema polémico, por mais inusitado que seja” (3).

O assessor de imprensa não serve apenas para transmitir a versão dos factos da empresa/instituição aos órgãos de comunicação social. Deve ser parte integrante de todo o processo de tomada da decisão e estar na posse de toda a informação. É o assessor de imprensa que garante aos órgãos de Comunicação Social, através da sua credibilidade, que a postura da empresa/instituição para a qual trabalha assenta numa política de transparência.

Lembre-se: Ou está disponível para colaborar ou a Comunicação Social vai procurar informação junto de outras fontes, que nem sempre são as mais esclarecidas sobre o assunto em foco.

A crise também pode ser, segundo Danielle Tristão Bittar, “uma fonte de oportunidades”. Já pensou na exposição pública gratuita que o seu cliente/empresa/ instituição terá e a atenção que merecerá do público? Esse momento deve ser aproveitado para lançar mensagens positivas, divulgando produtos inovadores e projetos com responsabilidade social da empresa/instituição.

Admitir o erro junto da Comunicação Social não chega. É preciso corrigi-lo. Caso contrário, a crise repetir-se-á e, da próxima vez, a opinião pública não terá dó nem piedade.

Dulce Salvador


(1)   “Assessoria de Imprensa. Como se relacionar com a Mídia” de Maristela Mafei. Edição Contexto.

(2)   “Marketing e Comunicação Política” (Maria Manuel Simões, Marisa Dias Antunes, João Pedro Cunha, Acílio Marques, Carlos Lopes, Inácio Beirão, Lisboa, 2009, Edições Sílabo”.

(3)   “O poder da assessoria de comunicação nos momentos de crise” de Danielle Tristão Bittar, 2012, Edição da Universidade Salgado de Oliveira.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A comunicação também marca golos



O futebol é um desporto, sim, mas é cada vez mais uma batalha complexa, que envolve muitos interesses e muito dinheiro. 


Ganhar não é, apenas, uma questão de prestígio: há muitos empregos que dependem do sucesso desportivo de um clube ou de uma seleção, há contratos de patrocínio que se celebram ou perdem.


Jorge Valdano, campeão do Mundo pela Argentina em 1986 e antigo diretor-geral do Real Madrid, numa das várias definições geniais que fez sobre o belo jogo, decretou: «O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais do que isso». 

Descontado o lado figurativo da expressão, talvez não seja um exagero o que postulou o «príncipe das ideias claras». 

Para lá do que é, será sempre, o mais relevante (a qualidade dos executantes dentro do campo), será que a comunicação também pode ajudar a marcar golos?

Surpreendentemente, a resposta pode ser... sim.

Foquemo-nos nos discursos dos treinadores e vejamos alguns exemplos.

Um dos mais claros é José Mourinho. Autoproclamado «Special One» na primeira passagem pelo Chelsea, tem tido, quase uma década depois, muito mais dificuldade, nesta segunda aventura em Stamford Bridge, em por os «Blues» no caminho das vitórias.

Depois de cada derrota (já foram algumas, mais do que as previstas), Mourinho usa sempre a arma da palavra para minimizar os efeitos da derrota em campo. 

Após o desaire com o Stoke City para a Premier League, na conferência de Imprensa de véspera do jogo com o Steaua Bucareste para a Champions, o técnico português fez uma rábula com o tradutor (elogiou-o, ofereceu-lhe a camisola).

Num golpe de mágica, Mourinho transformou uma conferência de Imprensa que tinha tudo para ser dominada pelo mau momento desportivo de forma do Chelsea numa sessão com sorrisos e piadas em torno do tradutor para romeno. 

No dia seguinte, o Chelsea regressava às vitórias. Por várias vezes, Mourinho usou esta técnica nos últimos anos. E quase sempre, com eficácia. 

No início da época, César Azpilicueta, lateral espanhol, sentia-se mal amado no Chelsea. Mourinho, na véspera de um importante jogo no reduto do Arsenal para a Taça da Liga inglesa, decidiu dar-lhe moral e garantiu: «Gosto muito de César. Espero que o respeitem e gostem dele tanto como eu. Os jogadores ganham jogos, os plantéis ganham títulos. Sou um treinador sortudo por ter o César».

No dia seguinte, Azpilicueta marcou e o Chelsea ganhou ao Arsenal. 

Por cá, também há treinadores a assumir usar o discurso para «marcar golos». 

José Couceiro pegou num V. Setúbal em crise e conseguiu colocá-lo a meio da tabela. Graças às palavras? «É claro que, hoje em dia, a comunicação conta muito. Toda a gente sabe isso. Mas quem joga são os jogadores. São eles que decidem as partidas», recordou o técnico, no «Future Football Congress», recentemente realizado na Maia.

Rui Vitória, treinador do V. Guimarães, é outro exemplo de quem tem sabido usar a força da palavra para fazer face às dificuldades. 

Num Vitória com poucos recursos, ganhou a Taça de Portugal na época passada e pratica um futebol elogiado por todos. Para o técnico vimaranense, a chave está em mostrar, como treinador, «serenidade, mesmo quando se passa por turbulência».

Já Pedro Emanuel revela ter a preocupação de lançar sempre uma «headline», uma ideia forte em cada conferência: «Como estou em Arouca, e Arouca parece que fica longe de tudo, é raro aparecerem muitos jornalistas, é a forma que encontro para ver se a mensagem passa».

Nuno Espírito Santo é, no Rio Ave, um treinador com cautelas assumidas. É raro vê-lo expansivo. Mede muito bem tudo o que diz. E isso é estudado: «Vejo a comunicação como uma estratégia. Um instrumento que nos poderá ajudar a vencer e que pode levar-nos a criar problemas ao adversário. É instrumental».

Os que os treinadores dizem não garante que a bola entre na baliza da equipa adversária. Mas é uma boa ajuda para que se atinjam os objetivos propostos. 

No futebol de alta competição, não há quem prescinda do trunfo da comunicação. 

Germano Almeida


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Eventos-Sensações


Quantas vezes assistimos a eventos, independentemente do seu género, que nos ficaram na memória por muitos e muitos anos, como algo absolutamente fantástico, algo absolutamente perfeito, algo em que a harmonia de tudo o que vimos, ouvimos e sentimos foi absolutamente total?

A resposta será sempre pessoal, e cada uma de nós pode olhar para um evento de forma diferente, ter uma visão distinta de um mesmo momento, de uma mesmo espectáculo.

No entanto, é habitual que em eventos que recebem uma reacção comum por parte daqueles que têm o privilégio de assistirem aos mesmos.

Os espectáculos musicais, os grandes eventos desportivos nas suas cerimónias de abertura e de encerramento como os jogos olímpicos, outros eventos menos conhecidos, são marcados normalmente por uma harmonia tal que produz um forte efeito de receptividade positiva junto de quem os assiste.

A questão é como se pode atingir essa harmonia, esse efeito de entrar nas cabeças das pessoas e mais do que isso muitas vezes de entrar na alma das pessoas que assistem a certos efeitos, fazendo permanecer nelas uma sensação agradável, uma sensação de que será algo a repetir, de que é um evento ou género de evento que quererão de novo assistir.

Essa harmonia, só pode ser atingida, se houver o cuidado de fazer ligar todos os pontos de contacto do evento. A luz, com o som, a imagem, com o local, a mensagem com as pessoas que assistem ao evento. Tudo tem e deve ser ligado de forma perfeita, sem cortes, sem paragens.

Para mim, um dos maiores exemplos de um evento em que tudo se conjuga formando um harmonia perfeita, são os espectáculos do Cirque du Soleil, a companhia canadiana de circo, que de facto transportou este género de eventos para outro nível e acima de tudo e de forma assumida para um nível em que o objectivo é realmente recriar um mundo de fantasia no qual as pessoas que assistam ao evento se sintam claramente envolvidas.

Aqui tudo, se conjuga, com pormenores deliciosos, como elementos de fantasia e de um mundo imaginário, no qual vijamos durante cerca de duas horas. Este é um exemplo de como um evento pode ser e deve ser isto para quem o assiste. Mágico.

Independentemente do género de cada evento todos devem procurar ser algo mais para quem assiste, todos deviam ser capazes de transmitir sensações para além de mensagens e para isso têm de estar repletos de harmonia, ser um todo.


Por Miguel Macedo