A parceria dura desde 1997 e, é preciso deixar claro, a data da primeira ligação não constitui um mero acaso. Depois de vários anos sem participar em fases finais de grandes competições, Portugal esteve presente no Europeu de 1996, onde foi uma agradável surpresa. Recheada de vários talentos que despontavam no futebol mundial, a seleção portuguesa ganhou notoriedade e transformou-se numa plataforma de visibilidade para quem a ela se associasse.
Ao longo destes 17 anos, a FPF tem sabido contribuir para que a seleção se mantenha no topo e beneficiado igualmente da boa formação levada a cabo pelos clubes nacionais. Só por isso é que as suas finanças se mantêm equilibradas, ao contrário de muitas outras organizações no país.
Mas vai ser preciso continuar a ter figuras de primeira linha (atenção clubes!) e marcar presença nos Europeus e Mundiais para manter uma Nike por perto.
Aliás, quando Ronaldo se retirar (e o fim do contrato com a multinacional de equipamento desportivo terminará numa altura em que se prevê que o jogador esteja na curva descendente da carreira…), a FPF terá de saber como manter em alta os valores pagos pela Nike.
Pode parecer “peanuts”, essa expressão muito em voga, mas o facto de todas as seleções portuguesas, exceto a principal, darem prejuízo se não fossem os patrocínios é elucidativo da importância da questão. Isto de meter as bolas lá dentro ajuda, e de que maneira, a negociar qualquer tipo de contrato.