Na campanha presidencial de Bill
Clinton, um colaborador tinha um cartaz na parede: “It’s the Economy, stupid!”.
Sim, nos anos 90, toda a propaganda política se resumia à Economia. Neste ano
de 2013… Também!
No entanto, mais do que a
economia, é a forma como a comunicamos. A comunicação tem de se adequar ao
público alvo, é uma das regras básicas. Pratica-a? Vamos lá testar essa
premissa…
Conhece o “elevator pitch”? A
ideia é esta: imagine-se num elevador, comigo.
Vamos subir até ao 5º andar e,
nesse espaço de tempo, deve apresentar-se e mostrar-me o que o distingue de
tantos outros (comerciais, políticos, telemarketeers, frases no facebook, etc,
etc, etc).
Tem esses minutos para me atrair a atenção. Pronto?
Vou ser
generosa… Dou-lhe 10 minutos para pegar em papel, lápis e escrever umas breves
frases sobre a pessoa que melhor conhece no mundo: você!!
Vá, escreva, enquanto
vou buscar um chá gelado… Até já!
Já escreveu? Ainda não??? Bom,
vou ver os e-mails e já volto!
Ok, acabou o tempo! Leia-me então
o que escreveu! Hummm…. Parece-me bem, interessante qb, mas….
Adequou o que
escreveu/disse a quem EU sou?? Usou os 10 minutos (e o tempo extra) para me
pesquisar no site da Coomunication Advisory? Ou pesquisou-me na net? Distraiu-se!!!
Não estávamos a falar de adequar a comunicação a quem o
escuta/lê? É esse o erro crasso em quase todas as comunicações: apesar de
vivermos numa era de facílimo acesso à informação, não usamos tempo para
pesquisar aqueles com quem vamos comunicar. Não os conhecemos. Tomamo-los por
mais um número!
Quanto mais adaptamos o nosso
discurso a quem o escuta, menos resistência emocional criamos. Menos
incompreensão. Menos discordância. Ultrapassamos as barreiras mais facilmente,
ganhamos a sua concordância e evoluímos na plataforma comunicacional.
O meu ponto essencial é este:
antes de comunicar, escute! Coloque questões. Indague!
Conheça aqueles com quem
comunica!
Ponha em prática o famoso provérbio árabe: “temos dois ouvidos e uma
boca, para escutarmos mais do que o que falamos”.
Se o seu interlocutor afirma:
“na sua empresa ninguém tratou do meu caso!”, saiba o que se passou
concretamente; quando; onde; com quem; quantifique; especifique; e só depois
ofereça a sua ajuda e tente solucionar o problema.
Enquanto conversa com ele,
tente identificar a comunicação que mais se adequa: emocional? Factual?
Criativa? Quantitativa? Regrada? Rápida? Calma?
Existem regras para conversar com
cada tipo de interlocutor e, dessa forma, obter os melhores resultados!
Mas
isso será tema das próximas conversas, na Communication Advisory.
Até breve (e vá praticando o seu
“elevator pitch”)!
Helena Gonçalves
Executive Coach