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Equipa diversificada por profissionais do meio

A nossa equipa é composta por diferentes profissionais da área da Comunicação. Assessoria, Comunicação Corporativa, Redes Sociais, Protocolo e Marketing Pessoal são temas que semanalmente vamos abordar por aqui!

Assessoria de imprensa

Abordagem de questões/temáticas que se colocam frequentemente aos assessores de imprensa.

A Comunicação e as Redes Sociais

A disseminação de informação pelas redes sociais mudou totalmente o paradigma do tempo em relação à prática da comunicação empresarial, sobretudo no que diz respeito à assessoria de imprensa. Hoje, possuir uma cultura de comunicação é insuficiente. É necessário ter uma cultura de comunicação em tempo real,

Comunicação Corporativa

A comunicação corporativa é essencial para empresas e precisa ser colocado em prática para otimizar a eficiência do trabalho corporativo.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Com bom humor, também se comunica em Curitiba!


A comunicação institucional nas redes sociais está a ganhar um novo fulgor no Brasil, graças ao projecto da autarquia de Curitiba, a capital do Paraná no Brasil.

Desde março, as páginas da autarquia nas redes começaram a ganhar um perfil mais informal, que tenta aproximar os munícipes da cultura e dos símbolos locais. 



São comuns os comentários irónicos sobre o clima instável na cidade como: "neste momento temos 16 ºC e a perspectiva de tirar e colocar a blusa várias vezes durante o dia de hoje"; ou: "o mundo falando do eclipse lunar de ontem que durou 78 minutos e ninguém ainda se deu conta do eclipse solar que já dura 49 horas em nossa cidade".

No Brasil, a participação nas redes por parte das administrações públicas não é muito habitual. São Paulo por exemplo nem sequer tem um perfil oficial no Facebook. No Rio de Janeiro, o tom dos “posts” é o mesmo da agência oficial da autarquia.
De acordo com os seus responsáveis a forma “curitibana” de atuar na internet foi inspirada em exemplos internacionais, como o de Barack Obama (tanto a campanha quanto a gestão de comunicação da Casa Branca) e das autarquias de Berlim, Nova York, Amsterdão e Paris.
Para mim este é um caso prático de uma correta utilização das redes sociais em prol do cidadão! Estão a utilizar as ferramentas para o objectivo principal de criar diálogo! Eles comentam qualquer comentário e nenhum pedido de informação fica sem resposta!

Da mesma forma que uma marca procura gerar entrosamento com um consumidor para que ele adquira um produto, neste caso querem que os munícipes consumam os produtos da sua cidade, participando de forma cívica na política da mesma!


Existe, no entanto, o cuidado de mediar as críticas para que o espaço não se torne uma tribuna de ofensas, algo comum em plataformas da web. As críticas são mantidas, mas quando há calúnia ou ofensas, o comentário é apagado e o usuário, comunicado do seu bloqueio.
Outro procedimento utilizado é nunca usar a imagem ou o nome do “prefeito” Gustavo Fruet (PDT). As páginas pessoais de Fruet são administradas por outra equipa e embora às vezes se aproxime na forma de actuação, é mais contida. 
objectivo declarado do formato é chamar a atenção a partir das brincadeiras e embutir as informações sobre a cidade. 



O caso dos novos táxis é um exemplo assim como uma campanha para redução e gestão mais adequada do lixo.



A autarquia de Curitiba atribuiu recentemente 750 novas placas de táxi. Na sua página no Facebook, o órgão tratou de informar que nenhum dos novos taxistas fazia o estilo de Travis Bickle, o psicopata do filme "Taxi Driver", de Martin Scorsese.
O post exemplifica a estratégia de comunicação nas redes sociais adoptada pela administração municipal, que vem ganhando fãs dentro e fora da capital paranaense. A página no Facebook é seguida por 204 mil pessoas, quase 20% da população da cidade. No Twitter, são outros 27 mil seguidores.

Para os responsáveis o objectivo é destruir a ideia que Curitiba é uma cidade fechada e de população sisuda. 

Um grande exemplo de Curitiba!



Helder Gonçalves

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pode alguém ser quem não é?

A comunicação deve servir para transmitirmos uma ideia, uma mensagem, um
percurso.

Não faz milagres, mas pode servir de instrumento fundamental para que um político, um empresário, um CEO, um treinador de futebol, um craque da bola, possa ter sucesso.

Bem usada, pode valer promoções ou ganhar eleições. Mal utilizada, ameaça carreiras e pode comprometer objetivos fundamentais.

A boa comunicação é amiga de quem a sabe usar. Má comunicação pode ter efeitos desastrosos e, por vezes, até profundamente injustos para quem tinha tudo para chegar mais longe.

Se é fácil perceber que a comunicação, por si só, não é suficiente e deve sustentar-se numa ideia, numa instituição, ou numa pessoa que tenham algo sustentado para transmitir, sobram dúvidas sobre como e quando usar o poder da palavra e da imagem.

Parafraseando o enorme Sérgio Godinho, apetece perguntar: «Pode alguém ser quem não é?»

É que o dilema, na área da comunicação, é mesmo o que dá título a uma das mais belas canções do autor e cantor português, inicialmente gravada no final da década de 70, no álbum «Pré-Histórias».

Alguns exemplos da inquietação que tento expor nesta crónica: se toda a gente sabe que Jorge Jesus não tem na retórica e na bagagem cultural o seu forte, fará sentido pô-lo a citar frases de… Pascal e a falar de quadros de Paula Rego?

Não fará mais sentido reforçar os méritos táticos de um treinador com inegáveis méritos e resultados acima de qualquer suspeita?

Identificada a contradição, devo também dizer que noto evolução positiva na forma como o agora treinador campeão nacional foi comunicando, desde que chegou ao Benfica.

Não foi por isso que ganhou, esta época, três títulos e ainda chegou a uma final europeia, é claro. Mas essa evolução terá ajudado a que Jesus ganhasse mais tempo para impor as suas ideias e mostrar resultados num clube onde a obrigação de ganhar é… quase imediata.

E quanto a esta bizarra campanha eleitoral para as europeias: Paulo Rangel e Francisco Assis são apontados como dois dos políticos portugueses mais bem preparados.

Têm ambos um perfil racional, não são associados a «carreirisimo» partidário, têm ideias próprias e uma dimensão intelectual indiscutível.

Perante este perfil dos cabeças-de-lista dos dois blocos partidários mais votados (coligação de governo e PS), era de esperar uma campanha elevada no plano das ideias.

Pedagógica, de preferência, tendo em conta a dificuldade dos temas, numa campanha europeia.

Ora, a que é que se assistiu: a um espetáculo deprimente de trocas de acusações estéreis, criadas de forma artificial, entre dois políticos que a nível pessoal até se respeitam e que teriam, certamente, condições de empreender um debate bem mais útil e interessante. 

Em vez de valorizarem as respetivas imagens nesta campanha, Rangel e Assis perderam, dia após dia, por tentarem mostrar o que não são.

Não tenho ideias fechadas sobre o tema, juro.

Bastou ter trabalhado durante um ano e meio «do outro lado» (em 21 anos de carreira, tenho 19 e meio de jornalismo e ano e meio como diretor de comunicação da Liga Portuguesa de Futebol Profissional) para ter tido uma noção de como é difícil dar conselhos sobre comunicação.

Trata-se de uma área onde há mais dúvidas que certezas, na qual estamos, diariamente, a agir e reagir, com necessidade permanente de corrigir, reduzir danos, construir um caminho que nunca estará acabado.

Exatamente por isso, vale a pena questionar. Refletir. Quanto mais o faço, mais concluo que, na comunicação, é fundamental respeitar os traços originais de quem está a emitir a mensagem.

Pode alguém ser quem não é?

Germano Almeida

terça-feira, 22 de abril de 2014

A #GlobalSelfie da NASA

A NASA pretende marcar o dia da Terra através da criação de uma imagem do
planeta através da junção de milhares de #Selfies pessoais num mosaico.

Para a concretização deste projeto a NASA convida todas as pessoas a partilharem as suas "Selfies" nas redes sociais com a Hashtag #GlobalSelfie.

Já partilhaste a tua?

Mais info em: http://www.nasa.gov/content/goddard/globalselfie/index.html#.U1Z20vldXTq

Helder Gonçalves




quarta-feira, 19 de março de 2014

Putin e Obama entre o xadrez e o «bluff» na Crimeia


«Sempre respeitámos a integridade territorial ucraniana. Não a queremos ver retalhada»Vladimir Putin, Presidente da Rússia
«Kiev é a mãe de todas as cidades russas»
Vladimir Putin, Presidente da Rússia
«Uma proposta de referendo sobre o futuro da Crimeia violaria a Constituição ucraniana e a legislação internacional»
Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos
«O uso da força seria uma situação extrema, mas reservamo-nos ao direito de utilizar todos os meios para defender os cidadãos ucranianos e russos étnicos»
Vladimir Putin, Presidente da Rússia
«As questões a resolver na Crimeia devem ser diretamente dirigidas ao governo ucraniano»
Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos 

A crise da Crimeia pode parecer apenas uma disputa de território entre Rússia e Ucrânia. Mas há muito que passou a ser, essencialmente, um jogo de forças entre os dois principais líderes mundiais do momento: Barack Obama e Vladimir Putin.
O final da Guerra Fria deveria ter-nos anunciado que o tabuleiro mundial deixara de ser dominado pelos líderes políticos de Washington e Moscovo.
Fukuyama publicava «O Fim da História» e a tese dominante era de que os EUA haviam passado a ser a única superpotência e que a URSS, entretanto desfeita e concentrada no poder russo, tendia a aproximar-se da Europa Ocidental e, por consequência, da NATO e do guarda-chuva americano.
O 11 de Setembro de 2001 foi o «cisne negro» que anunciou tempos bem mais complexos de se analisar.
Mesmo mantendo um poder militar impressionante, os EUA perderam o estatuto de «ás de trunfo» e tiveram que passar a contar com outros «players» (por vezes aliados, noutros casos, mesmo adversários até inimigos, regionais).
Não nos enganemos: a América continua a ser o único poder decisivo global. Entra, para ganhar, em todas as frentes. Mas a progressiva redução de interesse em entrar em novas aventuras (sobretudo depois das campanhas infelizes no Iraque e no Afeganistão) obrigaram os EUA a fazerem um «shift» do «hard power» (tropas no terreno, mobilização pesada) para o «soft power» (aposta na diplomacia, redução de efetivos, fecho ou diminuição de bases militares fora dos EUA).
Da «hegemonia» passou-se para a «contenção». À Doutrina Bush de «ataques preventivos para espalhar a democracia» sucedeu a Visão Obama de «estratégia de contenção, dominada pelo realismo».
A América continua a mandar, mas passou a querer fazê-lo à distância. Daí a aposta nos drones (aviões militares não tripulados), daí a redução drástica de militares americanos mortos e/ou feridos em cenários de guerra, nos últimos anos.   
Esta evolução de política tinha tudo para ser bem-sucedida.
Barack Obama, o Presidente-Nobel-da-Paz-apenas-nove-meses-depois-de-ser-eleito, nunca quis ser visto como um «líder de guerra». Cumpriu a retirada do Iraque. Cumprirá nos próximos meses a saída do Afeganistão. Inaugurou na Líbia o conceito de «leading from behind» (os americanos participaram na eliminação de Kaddhafi, mas, desta vez, foram ingleses e franceses a fazerem as despesas da frente de combate).
Na Síria, Obama demorou dois anos a dar um murro na mesa perante os crimes de Assad. E só depois de passada a «red line» do uso de armas químicas. Defendeu ação militar, evitou-a na 25.ª hora, depois da proposta de mediação de Putin.
Com o Irão, a América de Obama passou, em poucos meses, da vertigem nuclear (nos debates presidenciais em outubro de 2012, Mitt Romney mostrava gráficos a garantir que «lá para maio de 2013 o Irão terá a bomba, se nada for feito») para a cooperação a caminho da parceria comercial com o regime de Rohani. 
Esta «nova América», contida e quase avessa à ideia de avançar para novas guerras, estava até mais disposta a olhar para o Pacífico (para defender interesses estratégicos no Japão, no Vietname e na Coreia do Sul, perante as ameaças crescentes da China e da Coreia do Norte) do que para o Atlântico.
Atrapalhada com a crise da sua jovem moeda, a Europa ficou desiludida com um Obama que incensara na primeira eleição, mas a quem já olhara com mais desconfiança na reeleição, em 2012.
Nem a ideia de uma «plataforma transatlântica de livre comércio», lançada pelo Presidente Obama no discurso do Estado da União 2013, resolveu o afastamento. A aproximação comercial está ainda a ser desenhada e sobram dúvidas sobre as reais vantagens para os países europeus.
Ao mesmo tempo, em Moscovo, Vladimir Putin foi reforçando a sua liderança «imperial». Não expansionista, não agressiva, é certo, mas com um certo revivalismo imperial.
A Rússia de Putin tem interesses comerciais profundos no espaço europeu: com a Alemanha, obviamente, mas também com a França e até com o Reino Unido (uma boa percentagem dos grandes investidores da City londrina são russos).
A revolução da Praça de Maidan parecia ter-nos explicado que a Ucrânia, entalada entre Moscovo e Berlim, entre o bloco de Leste e o conforto do Ocidente, teria preferido «o nosso lado».
Mas as coisas não são bem assim. Em Kiev surgiu um novo poder ainda frágil e contraditório («pró-europeus» misturados com «neo-nazis» e até judeus e russos no mesmo governo...).
A jogada de Putin apanhou todos de surpresa: o líder russo deu sinal de força e disse bem alto que a Crimeia é, essencialmente, russa.
O mapa e a História, admitamos, não o desmentem.
Mas é aqui que entram uma profunda divergência de leituras entre americanos e russos, entre Obama e Putin. A América dá prioridade aos acordos, às fronteiras, ao direito internacional. A Rússia dá primazia ao orgulho, à história e à «noção patriótica».
O resultado do referendo não deixou margem para dúvidas: uma esmagadora maioria dos habitantes da Crimeia prefere a Rússia. Mas os valores... «norte-coreanos» da votação (só faltava mesmo terem sido 99.9%) retiraram credibilidade ao ato realizado.
O que virá a seguir?
Ninguém sabe. As frases mencionadas no início deste texto dão conta da ambiguidade de Putin: ora quer respeitar os acordos internacionais, ora avisa que Kiev, a capital ucraniana, é «a mãe de todas as cidades russas».
Tropas de Moscovo a avançar para a capital da Ucrânia? Não é impossível, mas nesta fase da crise, não se afigura provável.
Ninguém quer a escalada do conflito. A Rússia seria a grande vítima de uma afrontação direta com a NATO. Isso não irá acontecer, mas o «novo czar de Moscovo» está a testar aos limites a paciência e os receios do Ocidente.
Guerra Fria, versão século XXI, mas apenas na retórica e na batalha da comunicação. Uma disputa de territórios, um testo às fronteiras até onde poderá chegar a influência de Moscovo no espaço europeu.
Obama talvez seja forçado a alterar os seus planos de «flexão» para o Pacífico. E é de esperar que o Presidente americano se reconcilie com os europeus, numa aliança reforçada pelo receio comum do «urso» moscovita.
Há coisas que, por muito que o tempo passe, não mudam assim tanto.
Germano Almeida


segunda-feira, 10 de março de 2014

Drácula perdido nas ruas de Lisboa

A estreia da nova série do Syfy foi marcada por acção de street marketing e campanha multi-meios.


Para a estreia de Drácula em Portugal, o Syfy desenvolveu uma campanha que procurou envolver toda a comunidade de fãs do género terror e fantástico. Sob o mote “O Desejo é Imortal”, o plano de comunicação assentou em campanhas de outdoors e nas rede sociais, culminando ontem com uma ação de street marketing e o arranque do passatempo “A Mordida Mais Apaixonada”.

A campanha outdoor está nas ruas desde dia 26 de Fevereiro, em todo o país através da rede Cemusa, com mais de 1.500 mupis e três mupis especiais “Kit Em Caso de Ataque de Vampiros” (dois em Lisboa e um no Porto).

A responsabilidade de toda a produção da campanha está a cargo da Carimbo 360.

·         Faça o download do vídeo da ação de Street Marketing Drácula aqui.
·         Saiba mais sobre o passatempo “A Mordida Mais Apaixonada” aqui.

·         Fotografias da campanha Drácula aqui.

A organização de um concerto de música em 1988. Um pesadelo ou um conto de fadas?

Em 1988 o músico e compositor francês, de música eletrónica, Jean Michel Jarre, decidiu fazer um concerto em tudo diferente e em tudo fora do habitual e avançado para a época, numa área das docas de Londres, situadas numa localidade chamada Newham.

O concerto, assentava na construção, preparação e adaptação de uma zona, em que não existia nada que servisse a organização de um evento destes, a não ser o espaço físico existente e edifícios que foram aproveitados para efeito cénicos.

O palco seria construído sobre barcas, ou seja na água e como já referi foram aproveitados alguns dos edifícios da área, para a projeção de imagens durante o concerto, como um cilo gigante.

Uma das componentes dos concertos de Jean Michele era a sua espetacularidade baseada em muito fogo-de-artifício e luz.

Apesar do interesse inicial das autoridades locais e respetiva aprovação da realização do concerto e envolvimento da comunidade local, aquilo que um dos produtores do espetáculo referia no início deste making of, que este evento poderia ser ou um conto de fadas ou um pesadelo, acabou por se tornar mesmo um pesadelo e bem grande.

Já com grande parte do palco instalado e feitos imensos preparativos logísticos e materiais no local, e com um investimento financeiro já bastante avultado, o concelho de Newham, revogou a licença de organização do evento, invocando o não cumprimento por parte da organização e dos promotores do evento, de um conjunto de condições de segurança.

Perante a estupefação e a reação de incredulidade de Jean Michel e de todos os elementos ligados à organização e produção do concerto, foram iniciados contactos por toda a Grã-Bretanha, na procura de locais semelhantes para a realização do espetáculo, sem nunca desistir da organização do evento no local inicialmente previsto.

Assim, continuaram as conversas com o concelho municipal de Newham no sentido de tentar desbloquear a situação, e de levar a bom termo a realização do concerto no local inicialmente previsto.

Após a reorganização das questões de segurança, a realização do concerto acabou por ser aprovada para o local inicialmente previsto.

Mas o pesadelo ainda não tinha terminado.

Em virtude de condições climatéricas muito difíceis a data inicial do concerto acabou por ser adiada, tendo o concerto final, ainda sob condições meteorológicas muito adversas sido realizado e dividido em duas noites, por questões de segurança.

Para a história ficam imagens como o coro de crianças em palco com coletes salva vidas ou um grupo de assistentes espalhados no palco com guara chuvas a proteger os diversos músicos e também da presença da Princesa de Gales, Diana.

Para a história ficou também, independentemente do gosto musical de cada pessoa, um enorme concerto, um género de concerto pouco habitual para a época.

Todo este processo, foi feito sem recurso a algo que hoje por exemplo seria impensável, como telemóveis, contactos via redes sociais, internet, e-mail, etc, o que de certa forma nos deve levar a pensar que muitas vezes a dificuldades que nos surgem na organização de eventos não são nada comparadas com o que acontecia há pouco mais de 20 anos.

Para quem gosta de organizar eventos, sejam eles maiores ou menores, este making of, permite analisar, observar, e refletir sobre condições básicas e fundamentais e nos desafios que se colocam na organização dos mesmos.

Miguel Macedo


Anexo: Making Of-4 capítulos e Concerto completo






quinta-feira, 6 de março de 2014

FPF, Nike e Ronaldo


É inegável o crescimento do prestígio da seleção portuguesa de futebol desde há mais de uma década para cá. As presenças consecutivas nos principais palcos do futebol mundial e o facto de reunir alguns dos melhores executantes que o planeta tem conhecido nos últimos tempos ajudaram a granjear um estatuto quase ímpar entre as grandes seleções.

Com esse reconhecimentos começaram a surgir as principais empresas (relacionadas com desporto ou não), desejosas de se associarem a uma organização, no caso a Federação Portuguesa de Futebol, que lhes permite uma ampla visibilidade, como em poucas atividades, dada a forte capacidade de penetração do futebol nas diferentes camadas da sociedade. E com isso beneficia igualmente o órgão que rege o futebol nacional, numa relação win-win. É aqui que entra a renovação do contrato entre FPF e Nike até 2018.

A parceria dura desde 1997 e, é preciso deixar claro, a data da primeira ligação não constitui um mero acaso. Depois de vários anos sem participar em fases finais de grandes competições, Portugal esteve presente no Europeu de 1996, onde foi uma agradável surpresa. Recheada de vários talentos que despontavam no futebol mundial, a seleção portuguesa ganhou notoriedade e transformou-se numa plataforma de visibilidade para quem a ela se associasse.

A reputação da nossa seleção foi ganhando forma ao ponto de passar a ter nas suas fileiras os melhores do mundo, como Luís Figo e Cristiano Ronaldo. Duas marcas, com principal ênfase para a segunda, ao qual estão associados valores como qualidade futebolística, sucesso, dedicação mas também bem-estar e boa aparência. A Nike tem igualmente em Cristiano Ronaldo um dos seus baluartes e esse fator influenciou (para além dos bons resultados desportivos) a que a ligação com a FPF se mantenha pelo menos nos próximos quatro anos.

Mas é preciso pensar mais além. É do conhecido geral que uma eventual ausência de uma fase final significaria um rombo no orçamento da FPF. Mas, mais grave, seria uma debandada (ou revisão em baixa dos contratos) dos principais patrocinadores, como a Nike. E esse é um cenário tanto mais possível quanto os anos passam e CR7 acabe, um dia, por deixar os relvados.

Ao longo destes 17 anos, a FPF tem sabido contribuir para que a seleção se mantenha no topo e beneficiado igualmente da boa formação levada a cabo pelos clubes nacionais. Só por isso é que as suas finanças se mantêm equilibradas, ao contrário de muitas outras organizações no país.

Mas vai ser preciso continuar a ter figuras de primeira linha (atenção clubes!) e marcar presença nos Europeus e Mundiais para manter uma Nike por perto.

Aliás, quando Ronaldo se retirar (e o fim do contrato com a multinacional de equipamento desportivo terminará numa altura em que se prevê que o jogador esteja na curva descendente da carreira…), a FPF terá de saber como manter em alta os valores pagos pela Nike.

Pode parecer “peanuts”, essa expressão muito em voga, mas o facto de todas as seleções portuguesas, exceto a principal, darem prejuízo se não fossem os patrocínios é elucidativo da importância da questão. Isto de meter as bolas lá dentro ajuda, e de que maneira, a negociar qualquer tipo de contrato.

João Socorro Viegas

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A comunicação digital numa nova forma de promoção do Turismo Gastronómico: o exemplo da Cooking Lisbon


Cooking Lisbon é um conceito único baseado na cozinha tradicional portuguesa, que partilha sabores, experiências e um leque de produtos tradicionais portugueses, com os turistas que visitam Portugal e os Portugueses.

A Cooking Lisbon conta com uma equipa de chefs profissionais, prontos a auxiliar na preparação, confecção e a cozinhar os ingredientes, para que todos as entradas, sopas, pratos e sobremesas, sejam um reflexo da cultura portuguesa e da gastronomia local.

As ementas desenvolvidas, tiveram como base o reconhecimento internacional
da gastronomia portuguesa, os ingredientes de cada época, as preferências dos potenciais clientes nacionais e internacionais, tendo sempre em consideração um ambiente descontraído de lazer, bem-estar e gastronómico.

O espaço, localizado no centro da cidade de Lisboa, entre a R. Santa Marta e a Av. da Liberdade, é adequado para grupos até 14 pessoas com total conforto, privacidade e acima de tudo, aprendizagem da gastronomia portuguesa para os que o frequentam.

A Cooking Lisbon disponibiliza um leque de serviços, estudados criteriosamente ao longo dos últimos três anos e aprofundados em viagens a outros países.

Actualmente, disponibiliza os serviços de: 
  • Cooking Classes (aulas de cozinha, máximo 14 pessoas, sector do turismo), 
  • Market Tours (visitas ao mercado), 
  • Private Groups (Actividades e Jantares com menu definido), 
  • Wine Tastings and Pairings (Provas de vinhos e formação), 
  • Chef Solutions (Soluções para chefs). 

Com um posicionamento distinto e uma comunicação informal, aposta sobretudo nas redes sociais para a sua expansão de negócio e as referências nacionais e internacionais.


Online, a marca está presente através do seu site de internet está presente no Facebook, Instagram e Twitter

Offline, o conceito está situado na Tv. Enviado de Inglaterra, em Lisboa (próximo da Av. da Liberdade e R. de Santa Marta).

Helder Gonçalves

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A Essência do Vinho “já não é” apenas aqueles 4 dias.


A Essência do Vinho é um dos maiores eventos vínicos nacionais, senão o mais importante e mediático de todos. 

Durante 4 dias, consegue reunir milhares de apreciadores de vinho, e de diversas placas de consumo: desde produtores, consumidores, jornalistas vínicos, críticos e profissionais do vinho. 

A maioria destes visitantes são nacionais, mas no entanto uma fatia bastante considerável é já internacional e desloca-se propositadamente para este evento. 

Para não falar ainda, nos últimos anos, da componente gastronómica que já não se consegue dissociar da área vínica. 

Um evento localizado no belíssimo edifício do Palácio da Bolsa, para além de toda a graciosidade que as salas interiores nos dão, ainda conferem uma vista panorâmica sobre a sala inferior, essa repleta de mesas com produtores a “dar à prova” os seus vinhos, na tentativa de fecharem negócios proveitosos para o ano seguinte. 

Declaro-me como uma fã incondicional deste evento, no qual conheci algumas das personalidades vínicas que sempre acompanharam a minha incursão profissional nesta área. São quatro dias de provas, intenso trabalho e muitas conversas, muita aprendizagem e, claro, para muitos, muita diversão. 

Muito se poderia escrever sobre a arquitectura, o evento, as iniciativas, e toda a envolvência que consegue afinar na cidade do Porto durante estes quatro dias, mas irei falar de uma outra perspectiva: a Essência do Vinho “já não é” apenas aqueles 4 dias.

Tudo começa muito antes, na comunicação deste evento. Confesso que não vejo uma comunicação assertiva, ao nível do que este evento poderia ser.

Temos aqui diversos tipos de comunicação paralela e interceptada, sendo que a primeira é a comunicação entre Essência do Vinho e consumidor do evento, o visitante. 

A praticamente uma semana antes do início do evento, quase nenhuma informação havia sobre o mesmo, a não ser alguns apontamentos no site. 

O programa ainda não havia sido divulgado, nem os expositores, nem tampouco as actividades paralelas. 

As social media inerentes à organização também não tinham nenhuma informação concreta e válida, a ponto de dar efectivamente, razões e mais-valias ao visitante para adquirir bilhete para este ano. 

Ao fazermos uma breve comparação com outros eventos vínicos semelhantes a nível internacional, vemos que a organização da Essência do Vinho está a 20% daquilo que poderia estar a nível de comunicação eficaz e ao patamar de “melhor evento vínico nacional”. 

Mas esta lacuna de comunicação que eu considero uma falha, pode ser aos olhos de muitos apenas mais um pormenor, pois o número dos visitantes continua a aumentar de ano para ano, são milhares os que continuam a visitar o evento.

Outro tipo de comunicação que é feita neste tipo de evento é a que existe entre o expositor e o consumidor final, que neste caso é entre o produtor e o cliente que compra vinho na garrafeira e leva para casa. Aqui as falhas são muitas e gravíssimas. Um expositor faz investimento monetário e de recursos humanos para marcar presença neste evento, mas a verdade é que ainda não sabe como tirar os melhores benefícios disso.

Apesar de estar na área dos vinhos há poucos anos, considero-me bastante activa e atenta às campanhas que se vão fazendo nesta área e posso dizer, com toda a certeza, que mesmo estando ligada a bases de dados vínicas, ter subscrito a maioria das newsletters dos produtores, ou ter o meu feed sempre no “on” para as redes sociais, jornais, revistas… pouquíssimos foram os produtores que comunicaram e incentivaram a presença do seu consumidor no evento. Dizer que vão lá estar, convidar para os visitar, tudo isto faz parte. 

Mas ainda assim, a comunicação poderá ser ainda mais profunda. O engajamento entre produtor e consumidor pode ser muito maior. 

Tudo começa muito antes da célebre quinta-feira profissional do evento: muito antes disso, é necessário justificar o investimento monetário que se faz neste evento. 

A comunicação pré-evento, de acordo com o gráfico é tão ou mais importante do que a comunicação durante o evento. Só desta forma será possível manter uma comunicação eficaz com o mesmo consumidor depois do evento terminar. 


Com isto não quero dizer que os produtores não sabem comunicar com os seus clientes: estou a afirmar que não o estão a fazer.

Não estão a comunicar, não estão a valorizar e não conseguem criar valor ao terem milhares de pessoas a provar os seus vinhos, durante 4 dias. 

Quanto vale um visitante da Essência do Vinho para cada produtor? 
Quanto vale cada minuto na mesa de provas? 
No final do evento, quanto vale o contacto que trago na mão? 
O que vou fazer, como vou fazer para valorizar este recurso? 

Porque já não podemos ir para um evento a pensar “que temos que lá estar, o retorno vem depois”. 

Hoje em dia, com a velocidade a que vivemos o ROI começa muito antes do evento começar.

Muito poderia ser falado sobre a comunicação positiva e activa que poderia ser feita por todos, para que o melhor evento vínico nacional pudesse também ser uma referência de boas práticas comunicacionais a nível internacional, mas nunca o fazemos, porque nos habituamos a fazer sempre igual: muitos já fazem diferente, mas são poucos.


Deixo este artigo como forma de alerta para os expositores, e um apreço à organização da Essência do Vinho por mais um ano nos dar a oportunidade de comunicar com o mercado. 

No entanto, não quero terminar sem deixar uma palavra de apreço específica a Nuno Guedes Vaz Pires, Director Executivo da Wine que, de forma directa ou indirecta, consegue comunicar este evento com grande profundidade e panorâmica.

Diana Carvalho