A Veuve-Clicquot, uma das mais
emblemáticas produtoras de champagne, a segunda maior, insurgiu um processo
legal contra uma pequena produtora vínica italiana, alegando que o rótulo que
esta produtora usa num vinho é muito semelhante ao seu, estando por isso, a
plagiar a sua arte.
Efectivamente, a Veuve-Clicquot
determina que o rótulo de Ciro Picariello usa o Pantone 137C, o tal amarelo tão
marcante que estamos habituados a ver nas prateleiras repletas deste champagne.
No entanto, ao analisarmos ambos os rótulos, mesmo sem muita atenção,
conseguimos ter a clara percepção de que a cor não é a mesma e que, ainda
assim, não existe nenhum símbolo susceptível de ter sido plagiado, o que tira
qualquer fundamento a esta acusação.
O que nos leva a uma outra
questão: será que haverá algo que não estamos realmente a ver?
O que se passará realmente por detrás desta paleta de cores?
Uma marca megalómana como a Veuve-Clicquot não precisa de má publicidade para vender, já que está num patamar de produção muito acima da Ciro Picariello: as 50.000 garrafas produzidas pela Ciro nunca poderão causar impacto negativo contra os 18 milhões de garrafas anuais da Veuve-Cliquot. Bem… na verdade, poderão sim, e esta notícia é um caso desses.
O que se passará realmente por detrás desta paleta de cores?
Uma marca megalómana como a Veuve-Clicquot não precisa de má publicidade para vender, já que está num patamar de produção muito acima da Ciro Picariello: as 50.000 garrafas produzidas pela Ciro nunca poderão causar impacto negativo contra os 18 milhões de garrafas anuais da Veuve-Cliquot. Bem… na verdade, poderão sim, e esta notícia é um caso desses.
A perspectiva mais interessante
desta notícia é que, mesmo sendo uma acusação que já tem algum tempo, e tendo
rebentado na comunicação social mundial apenas dia 20/1, já existem milhares de
manifestos online contra a Veuve-Clicquot, tendo sido já criada a hashtag que
ridiculariza esta acção, apoiando a pequena produtora italiana: #boicottalavedova,
ou seja, “boicote à viúva”.
Os manifestos vão desde opiniões sobre o ridículo que é argumentar um “amarelo contra um laranja”, desde a negatividade que é uma marca tão grande processar uma marca mais pequena, por razões demasiadamente duvidosas, até ao extremo em que muitos clientes fidelizados se sentem ofendidos por a marca ter esta atitude globalmente reprovável.
Existe claramente uma péssima gestão de relações públicas e comunicação, numa marca que se deveria posicionar de acordo com o patamar que conquistou. A opinião pública fiel à marca deveria ter sido preservada, de modo a preservar não a tradição ou o passado da Veuve-Clicquot, mas sim o seu futuro.
Com este tipo de comunicação, a única empresa que está a sair bem vista é a Ciro Picariello que, além de ser colocada no mapa, ganhou mais “followers” do que qualquer campanha de marketing conseguiria alcançar, neste tão curto espaço de tempo.
Os manifestos vão desde opiniões sobre o ridículo que é argumentar um “amarelo contra um laranja”, desde a negatividade que é uma marca tão grande processar uma marca mais pequena, por razões demasiadamente duvidosas, até ao extremo em que muitos clientes fidelizados se sentem ofendidos por a marca ter esta atitude globalmente reprovável.
Existe claramente uma péssima gestão de relações públicas e comunicação, numa marca que se deveria posicionar de acordo com o patamar que conquistou. A opinião pública fiel à marca deveria ter sido preservada, de modo a preservar não a tradição ou o passado da Veuve-Clicquot, mas sim o seu futuro.
Com este tipo de comunicação, a única empresa que está a sair bem vista é a Ciro Picariello que, além de ser colocada no mapa, ganhou mais “followers” do que qualquer campanha de marketing conseguiria alcançar, neste tão curto espaço de tempo.
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