Mais do que um BLOG

Todas as temáticas sobre a Comunicação. Notícias frescas sobre as últimas tendências do meio!

Equipa diversificada por profissionais do meio

A nossa equipa é composta por diferentes profissionais da área da Comunicação. Assessoria, Comunicação Corporativa, Redes Sociais, Protocolo e Marketing Pessoal são temas que semanalmente vamos abordar por aqui!

Assessoria de imprensa

Abordagem de questões/temáticas que se colocam frequentemente aos assessores de imprensa.

A Comunicação e as Redes Sociais

A disseminação de informação pelas redes sociais mudou totalmente o paradigma do tempo em relação à prática da comunicação empresarial, sobretudo no que diz respeito à assessoria de imprensa. Hoje, possuir uma cultura de comunicação é insuficiente. É necessário ter uma cultura de comunicação em tempo real,

Comunicação Corporativa

A comunicação corporativa é essencial para empresas e precisa ser colocado em prática para otimizar a eficiência do trabalho corporativo.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Comunicação Autárquica Vs Comunicação Eleitoral Autárquica


É um dilema que se coloca sempre que há eleições autárquicas e os presidentes de


Câmara ou de Junta de Freguesia são recandidatos.

Embora haja uma clara distinção entre o assessor de imprensa do Presidente e o assessor de imprensa do candidato, na realidade é ténue a linha que separa os seus campos de trabalho. As agendas confundem-se ou partilham-se em muitas situações.

A partir do momento em que alguém anuncia a recandidatura, tudo o que se passa em termos de agenda autárquica é, muitas vezes, considerada eleitoralista. Tudo o que está em agenda é encarado como campanha eleitoral. A inauguração de um lar de terceira idade é campanha ou agenda autárquica? Sim e não. Sim, se for anunciada em período ainda que seja pré-eleitoral. Não, se por motivos de conclusão da obra não existir outra data para a sua inauguração.

A questão coloca-se: deve ou não existir entreajuda entre os assessores de imprensa? Deve ou não existir partilha de informação? 
Um assessor de imprensa de uma Câmara deve saber o timing ou o conteúdo de notas de imprensa e/ou comunicados de carácter eleitoral?

A resposta não é simples e nem há regras sobre o assunto. Conhecer o timing evita a colisão de informação. Seria prejudicial para todas as partes, o envio de dois comunicados no mesmo dia sobre a mesma pessoa, ainda que em funções diferentes. Promover duas entrevistas – uma como Presidente, outra como recandidato- junto do mesmo órgão de Comunicação Social seria desastroso.

O assessor de imprensa, em períodos eleitorais, é, de facto, uma vítima fácil de mal entendidos.

Quando um jornalista o contacta para uma obter uma reação do candidato, o assessor de imprensa autárquica deve esclarecer de imediato que não é a pessoa mais indicada para responder ao pedido. Todavia, deve ou não fornecer o contacto do responsável pela campanha? Eu penso que sim. Ninguém está aqui para prejudicar ninguém. Recordo que, para muitos jornalistas, o assessor de imprensa autárquico é alguém com quem lida quase diariamente, alguém com quem estabelece uma relação de maior proximidade. 

Muitas vezes, os assessores de imprensa de campanhas eleitorais são contratados especificamente para os períodos eleitorais, perdendo-se, por isso, a ligação que se constrói no dia-a-dia com os jornalistas. Como tal, são aos assessores de imprensa autárquicas que recorrem sempre que precisam.

Como tudo na vida é preciso bom senso. Tal como no jornalismo, o objetivo não é ser objetivo, mas sim o menos subjetivo possível. 

O assessor de imprensa deve saber ocupar o seu lugar, respeitar as suas funções, ser o mais profissional possível. Independentemente para quem trabalha.

Dulce Salvador

Follow up: sim ou não?


É uma questão que se coloca frequentemente aos assessores de imprensa. 

Depois do envio da nota de imprensa a convidar o órgão de Comunicação Social para cobrir um determinado evento, deve ou não o assessor de imprensa contatar a redação a confirmar a presença do jornalista? 

E no final do evento, deve ou não questionar, a quem não esteve presente, se está ou não interessado em receber imagens, informação ou até a obter declarações do interveniente?


A velha escola diz-nos que sim. Mas este contacto pode, em último caso, ser considerado um tipo de pressão, o que é, de todo, pejorativo.

O trabalho de um assessor de imprensa começa antes do evento, mas nunca acaba depois da sua conclusão. A monitorização e análise (clipping) das notícias que saíram sobre o evento determinam o sucesso ou fracasso do trabalho de assessoria de imprensa.

Mas isto fará ainda sentido? 
As redações têm cada vez menos pessoas. Os custos com deslocações, transporte e horas extraordinárias obrigam as administrações a fazerem cortes para evitarem despedimentos, principalmente nas delegações.

Sugere-se que, apenas em eventos que justifiquem previamente a confirmação de presença- jantares, cerimónias oficiais, cerimónias privadas, eventos de massas- se contactem as redações com este intuito. Recordo que o pedido de credenciação em eventos como festivais de música ou cerimónias de tomada de posse de Executivos deve ser obrigatório. Todavia, deve-se sempre encarar com alguma tolerância o atraso ou a inexistência de uma resposta a esta solicitação.

Muitas vezes, e apesar de estar agendado, só em cima da hora se sabe se determinado órgão de Comunicação Social fará a cobertura do evento no local. Atenção, a tolerância não deve nunca ser confundida com facilitismo. Um órgão de Comunicação Social não está isento de responsabilidade. Todos precisamos uns dos outros. Até os jornalistas têm que perceber isso. Confirmar a presença e depois não aparecer no evento ou não confirmar e aparecer sem aviso prévio são situações lamentáveis.

O fim do evento representa apenas “meio caminho andado”. Há muito mais a fazer. Em vez de privilegiar um determinado órgão de Comunicação Social, deve elaborar-se um comunicado, acompanhado de imagens, com declarações dos intervenientes para quem não esteve.

A escolha de um órgão de Comunicação Social para divulgar um assunto em primeira mão deve também ter em linha de conta quem colabora, quem cumpre, quem é profissional. 

Dulce Salvador