sexta-feira, 31 de maio de 2013

Follow up: sim ou não?


É uma questão que se coloca frequentemente aos assessores de imprensa. 

Depois do envio da nota de imprensa a convidar o órgão de Comunicação Social para cobrir um determinado evento, deve ou não o assessor de imprensa contatar a redação a confirmar a presença do jornalista? 

E no final do evento, deve ou não questionar, a quem não esteve presente, se está ou não interessado em receber imagens, informação ou até a obter declarações do interveniente?


A velha escola diz-nos que sim. Mas este contacto pode, em último caso, ser considerado um tipo de pressão, o que é, de todo, pejorativo.

O trabalho de um assessor de imprensa começa antes do evento, mas nunca acaba depois da sua conclusão. A monitorização e análise (clipping) das notícias que saíram sobre o evento determinam o sucesso ou fracasso do trabalho de assessoria de imprensa.

Mas isto fará ainda sentido? 
As redações têm cada vez menos pessoas. Os custos com deslocações, transporte e horas extraordinárias obrigam as administrações a fazerem cortes para evitarem despedimentos, principalmente nas delegações.

Sugere-se que, apenas em eventos que justifiquem previamente a confirmação de presença- jantares, cerimónias oficiais, cerimónias privadas, eventos de massas- se contactem as redações com este intuito. Recordo que o pedido de credenciação em eventos como festivais de música ou cerimónias de tomada de posse de Executivos deve ser obrigatório. Todavia, deve-se sempre encarar com alguma tolerância o atraso ou a inexistência de uma resposta a esta solicitação.

Muitas vezes, e apesar de estar agendado, só em cima da hora se sabe se determinado órgão de Comunicação Social fará a cobertura do evento no local. Atenção, a tolerância não deve nunca ser confundida com facilitismo. Um órgão de Comunicação Social não está isento de responsabilidade. Todos precisamos uns dos outros. Até os jornalistas têm que perceber isso. Confirmar a presença e depois não aparecer no evento ou não confirmar e aparecer sem aviso prévio são situações lamentáveis.

O fim do evento representa apenas “meio caminho andado”. Há muito mais a fazer. Em vez de privilegiar um determinado órgão de Comunicação Social, deve elaborar-se um comunicado, acompanhado de imagens, com declarações dos intervenientes para quem não esteve.

A escolha de um órgão de Comunicação Social para divulgar um assunto em primeira mão deve também ter em linha de conta quem colabora, quem cumpre, quem é profissional. 

Dulce Salvador

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