quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

SUPERBOWL: Desporto ou espectáculo


Realizou-se na madrugada de Domingo, um dos maiores eventos desportivos do mundo, a 48ª final do Superbowl, ou seja o jogo decisivo liga americana de futebol americano.

Apesar de ser um desporto tipicamente americano, o dia do SuperBowl é cada vez mais um evento mundial porque se tornou acima de tudo um espetáculo mediático que chega a todo o planeta por força dos seus patrocinadores, por força da massificação da televisão por cabo e agora ainda mais por força das redes social.

Comecemos pelo jogo, disputado entre os Denver Broncos e os Seattle Seahawks, em Nova York no Estádio MeetLife, com capacidade para mais de 80.000 espectadores. O que provocou desde logo nas semanas que antecederam o jogo uma enorme controvérsia. A questão passou pelo facto de ao contrário do que é habitual o jogo ser disputado em céu aberto na zona nordeste dos Estados Unidos o que já não acontecia desde 1962, por razões climatéricas. A ameaça de um jogo com neve, temperaturas muito negativas, acabou por não se concretizar, mas habitualmente são escolhidos estádios completamente cobertos ou então são disputados em zonas mais quentes.

Passada a barreira do clima, o Superbowl, traz consigo outras preocupações como a segurança. Não só a área de Nova York é extremamente sensível à ameaças terroristas,

Considerado como um alvo terrorista o SuperBowl, que controu com 3.000 seguranças e mais de 700 militares no seu esquema de segurança, sendo que este foi o primeiro superbowl após os atentados na Maratona de Boston do ano passado.

Curiosamente não tendo sido registados nenhuma situação de falha de segurança nas imediações do estádio, o maior problema ocorreu durante uma conferência de imprensa após um jogo em quando numa espécie de entrevista rápida um atleta foi interrompido por um pessoa credenciada como jornalista, para dizer que o 11 de Setembro tinha sido organizado pelo governo americano, mas que foi imediatamente neutralizado.

Outra das questões que acabaram, por ser mais faladas, está relacionado com as confusões geradas no acesso e na saída do estádio no final do jogo.

Os problemas começaram antes do jogo, quando cerca de 27 mil pessoas chegaram à estação de combóios em Seacucus, que fica a meio caminho entre a cidade de Nova York e o MetLife Stadium. Com isso, aconteceram vários atrasos, já que os oficiais da NJ Transit estimavam que apenas 15 mil pessoas apanhariam comboios de Nova Jersey para chegar até o estádio.

Além do número de pessoas maior que o esperado, outro fato que causou atrasos foi a chegada de vários combóios ao mesmo tempo. Isso fez com que inspeção da bagagem dos passageiros demorasse mais do que o necessário e atrapalhou bastante a descida de pessoas na estação.

Estando prevista uma chegada maciça de adeptos na ordem das 15.000 pessoas, as linhas e as estações ficaram completamente lotadas com a presença de quase 30.000 adeptos que inclusivamente, chegaram praticamente todos ao mesmo tempo provocando alguma situação de caos, que ocorreu de novo no final do jogo.

O SuperBowl é de facto um oceano de números absolutamente astronómicos e dignos de registo:

  • Sabia que 48. 6.329 foi número de credenciais atribuídas à imprensa, mais 21% que na edição anterior.
  • 600 milhões de dólares é o valor do impacto económico resulatante do evento.
  • 100 milhões de pessoas seguiram o evento através da televisão.
  • 7.22 milhões de dólares é o valor do retorno do patrocínio da Pepsi el valor mediático.
  • O custo médio de um anúncio durante o SuperBowl é de 4 milhões.
  • Pela primeira vez o hino foi entoado por uma cantora lírica, neste caso René Fleming.
  • O SuperBowl é o segundo dia de maior consumo nos Estados Unidos. O primeiro é o dia de Acção de Graças. 
É verdade os Seattle Seahawks venceram os Denver Broncos por 43-8.

Miguel Macedo









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