O Facebook que se vê hoje é quase
irreconhecível em comparação com a versão que se estreou há dez anos atrás. Até
o nome é diferente: a rede social nasceu oficialmente como "TheFacebook"
e assim se manteve até 2005.
De playground digital para
estudantes de Harvard até se tornar um gigante da tecnologia com mais de 1200
milhões de utilizadores, foi um “piscar de olhos”. E, como o Facebook mudou ao
longo da última década, toda a tecnologia e ecossistema que o rodeia também.
Afinal, este artigo não é sobre o Facebook.
Se pensarmos no Google, que em
2004, não passava de uma página branca com um logotipo que permitia efetuar
pesquisas, passados 10 anos, entre Google Glass e uma frota de robots, só me
vem à cabeça os cenários da ficção científica cinéfila que via na TV em
criança.
Quem ainda tem uma coleção de
DVDs? Lembram-se dos videoclubes? Cheguei a alugar 3 filmes por semana! Pois,
hoje mais de 100 horas de vídeo são publicadas por minuto na internet.
Lembro-me também de um telemóvel
Motorola, um pouco grande e pesado admito, que não me permitia fotografar nada
nem ninguém que decidi substituir por um Nokia que me durou 4 anos. Ora, tive
que fazer um esforço mental, para pensar em duas marcas relevantes de telemóveis
sem serem a Apple e a Samsung que hoje em dia dominam o cenário dos
Smartphones, que nos permitem entre outras coisas, publicar uma fotografia de
um artista a escrever um blog post, na sua secretária, com um sorriso nos
lábios, sobre o que mudou no mundo em 10 anos de facebook, e logo de seguida,
publicá-la no facebook, twitter, instagram e…! Em segundos…
Pelo caminho conhecemos mais dois
Papas, além de João Paulo II.
Se pensarmos bem, o Facebook, não
terá tido influência direta em nenhum destes acontecimentos, mas teve muita
influência indireta na maneira como as pessoas agiram e reagiram a cada um
deles, na maneira como puderam exprimir-se voluntariamente sobre cada um deles.
Hoje, a rede permite-me fomentar o uso da língua portuguesa em qualquer parte
do mundo, com um simples jogo de dedos no telemóvel.
O Facebook poderá deixar de ser o
que é, mas nunca apagará o rasto de revolução tecnológica e comunicacional que
trouxe consigo.
Por Helder Barbedo
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